Depois da elogiada passagem pelo país em 2011, os britânicos do Morcheeba retornarão ao Brasil em novembro para apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro.
Famosos por sua mistura de rock, R&B, pop e trip hop, os autores de “Rome Wasn’t Built in a Day”, “The Sea”, “Blindfold” e “Big Calm”, Skye Edwards (vocal) e Ross Godfrey (multi-instrumentista) subirão ao palco do Citibank Hall no Rio de Janeiro em 11 de novembro e do Citibank Hall em São Paulo no dia 12. Eles serão acompanhados por uma banda e tocarão os grandes hits da carreira, incluindo alguns que nunca foram apresentados ao vivo.
Haverá pré-venda exclusiva para clientes Citi e Diners entre os dias 15 e 21 de setembro. A venda para o público geral estará disponível em 22 de setembro. Ingressos poderão ser adquiridos nas bilheterias oficiais (Citibank Hall RJ e SP), no site www.ticketsforfun.com.br e demais pontos de venda espalhados pelo país.
O Morcheeba surgiu na cena musical há 18 anos, formado pelos irmãos Paul Godfrey e Ross Godfrey e pela Skye Edwards. Com o álbum de estreia, Who Can You Trust?, eles mostraram seu projeto de trip hop, mas o lançamento do segundo trabalho, Big Calm (1998), foi o verdadeiro divisor de águas. Paul Godfrey lembra a repercussão do álbum: “Eu era parado nas ruas de Nova York por pessoas que estavam passando por momentos difíceis e elas diziam que nossas músicas ajudaram-nas a superar essa má fase”.
Essa energia positiva transmitida nas músicas do Morcheeba é nítida no oitavo e mais recente trabalho do trio inglês, Head Up High, refletindo uma série de mudanças significativas na vida do trio. O multi-instumentista Ross, por exemplo, tornou-se pai. “É uma viagem, é uma fase totalmente nova na minha vida”, diz. Ele também se mudou para Londres, após passar anos trabalhando como compositor de filmes em Hollywood.
Paul prefere não acompanhar o grupo na turnê, então, enquanto Ross e Skye viajam, ele fica na sua casa na França trabalhando nos grooves e estruturas que estarão presentes no próximo álbum do Morcheeba. Desta vez, ele foi fortemente influenciado pelo trabalho desenvolvido em um projeto com o compositor Janko Nilovic. “Sou um grande fã. É incrível como ele faz combinações instrumentais. Ele me ensinou muito sobre linhas de baixo, além de ter mudado completamente minha abordagem com os arranjos”.
Essas mudanças, por sua vez, levaram Ross e Skye a serem ainda mais criativos. “Sabíamos que queríamos algo mais agitado”, diz Skye, “queríamos escrever canções que pudessem ser tocadas nas rádios e adicioná-las ao set list das apresentações para mudar um pouquinho”. “Nos forçamos a fazer muitas coisas diferentes neste álbum”, concorda Ross. Como principal instrumentista da banda, Ross é responsável pelas cores, matizes e tons musicais. “Quando você escreve, as músicas te levam a diferentes direções”, acredita. “É como se elas te levassem para onde deveriam estar, estilisticamente”.
Em Head Up High, Ross abusa da guitarra lap steel (guitarra havaiana) para produzir sons espaciais e atmosféricos. Em uma das faixas, utiliza também hand percussion e um charango (instrumento de cordas peruano). As maiores mudanças na sonoridade da banda se dão pelos elementos de post-dubstep, além disso, o álbum conta com participações da rapper espanhola Ana Tijoux e do guitarrista do White Denim, James Petralli.
A banda nunca se acomodou apesar de tudo que já conquistaram. “Preciso sentir que estamos sempre em movimento e progredindo” comenta Paul. “Quando gravamos novas músicas, tudo que queremos é impressionar nossos fãs e, quem sabe, conquistar alguns novos”. Com certeza, esse objetivo será alcançado com o álbum e seus shows.