“Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” retorna a São Paulo para nova temporada

“Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” retorna a São Paulo para nova temporada

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Foto: Léo Aversa
Foto: Léo Aversa

A obra de Chico Buarque sempre acompanhou a trajetória de Charles Möeller e Claudio Botelho. Responsável por bem-sucedidas versões de clássicos como “Ópera do Malandro” e “Suburbano Coração”, além de “Na Bagunça do Teu Coração”, com direção de Bibi Ferreira, a dupla retomou a ligação com o compositor – que comemorou 70 anos em 2014 – neste espetáculo inédito, focado apenas em suas criações para teatro, cinema e, ocasionalmente, televisão.

“Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” reúne pérolas compostas para peças (“Roda Viva” (1967), “Ópera do Malandro” (1978), “Calabar” (1973), “O Corsário do Rei” (1985), “Gota d’Água” (1975)), o ballet “Grande Circo Místico” (1982) e também os filmes “Quando o Carnaval Chegar” (1972) e “Para Viver um Grande Amor” (1983) e “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976).

Depois de lotar todas as apresentações em uma concorrida temporada na cidade no ano passado realizada numa parceria entre a Möeller & Botelho, e a produtora paulista Conteúdo Teatral, o espetáculo retorna a São Paulo a partir de 10 de abril no Teatro Cetip.

O musical estreou em janeiro de 2014 e seguiu uma trajetória vitoriosa que culminou no lançamento de um CD com a trilha sonora gravada com o elenco e os músicos da montagem. O disco foi editado pela Biscoito Fino e produzido por Vinicius França, produtor e empresário de Chico Buarque. Todo o projeto teve o aval irrestrito do homenageado.

“Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” usa as canções para contar as histórias de uma trupe teatral mambembe, vivida por Claudio Botelho, Marya Bravo, Gabi Porto, Rodrigo Cirne, Estrela Blanco, Felipe Tavolaro, Carol Bezerra e Thuany Parente. Os atores/cantores vivem personagens definidos em uma única história e também são personagens das peças que vão encenando ao longo das praças onde param para apresentar seu espetáculo. É o teatro dentro do teatro, sempre contado pelas letras de canções de Chico.

“Não é uma biografia. É uma homenagem ao compositor, que nos deu total liberdade de criação, e também uma oportunidade de ver e ouvir a obra de Chico através de seu viés teatral”, resume Claudio Botelho, que voltou aos palcos depois dos shows solo “Versão Brasileira” (2009) e “Cole Porter e Meus Musicais de Estimação” (2013). A montagem marca também seu reencontro com Marya Bravo, com quem dividiu o palco em “Lado a Lado com Sondheim” (2004) e que dirigiu em sucessos como “Beatles Num Céu de Diamantes”, “Um Violinista no Telhado”.

Enquanto dá voz à canções como “Tatuagem” (de “Calabar”), “Sem Fantasia” (“Roda Viva”) e “Pedaço de Mim” (“Ópera do Malandro”), o elenco vive os encontros e desencontros amorosos dentro da companhia mambembe (inspirada nas icônicas companhias de Dulcina de Moraes, Eva Todor, nos casais Cacilda Becker e Walmor Chagas, Maria Della Costa e Sandro Polônio, entre outros “mambembeiros”), cuja harmonia é desestabilizada pela chegada de uma nova integrante (Gabi Porto).

“É uma ciranda amorosa, lembra “Quadrilha”, de Drumond, mas também temos uma forte inspiração na “Lulu e a Caixa de Pandora”, de Frank Wedekind. Não por acaso, muitos do elenco jovem fizeram “O Despertar da Primavera” (2009), também de Wedekind, e agora voltamos à origem”, brinca Charles Möeller.

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